A maternidade independente tem sido a opção de muitas mulheres que desejam ter filhos e não têm um parceiro do sexo masculino. Hoje em dia, realizar o sonho de ser mãe mesmo sem estar em um relacionamento é possível graças às técnicas de reprodução assistida.

A decisão de ter um filho de forma independente nem sempre é fácil e leva em conta outros aspectos além de amor, dedicação e carinho. Em todas as idades, a mulher precisa se preparar fisicamente para a gestação, porém, na forma independente, também há o ponto de vista psicológico e financeiro. Contar com uma rede de apoio familiar ou de amigos pode ajudar muito neste momento.

Existem dois tratamentos para se chegar a uma gestação de forma independente: a inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV), ambos com sêmen de doador anônimo.

Neste post nós vamos te contar tudo sobre a maternidade independente. Leia até o final e se informe sobre esta maneira efetiva de ter filhos biológicos.

Maternidade independente: como funciona o procedimento?

Tomada a decisão de se tornar mãe solo, o primeiro passo é procurar um especialista em reprodução assistida. Somente este profissional é capaz de pedir os exames corretos e indicar o melhor procedimento para cada caso, a depender da idade da mulher, saúde do aparelho reprodutor e outros quesitos. Mesmo que não haja uma causa de infertilidade conhecida, vale a pena investigar para garantir o sucesso do tratamento.

Dentre os exames solicitados para iniciar um tratamento através da reprodução assistida, estão os testes hormonais, sorologias, vitaminas, além da avaliação ovariana por meio de dosagem hormonal, antimulleriano ou contagem de folículos antrais.

Fazer o exame de histerossalpingografia também é importante para investigar a permeabilidade tubárea e cavidade uterina. É a partir desse teste que se poderá indicar o procedimento de baixa complexidade, que é a inseminação intrauterina, ou os de alta complexidade, como a FIV.

Com o histórico e resultados da paciente em mãos, pode-se indicar o melhor tratamento e então é hora de escolher o doador dos espermatozoides.

Leia mais: Quando procurar um especialista em Reprodução Humana?

Como é feita a escolha do doador?

Para escolher um doador, a futura mamãe deve recorrer a um banco de sêmen nacional ou internacional. Esses bancos possuem processos rigorosos de seleção de doadores.

Os espermatozoides coletados precisam ser de qualidade para proteger a receptora e, por isso, é investigado o histórico familiar do doador, triagem genética, testes psicológicos, além de uma análise minuciosa do sêmen. 

Não é permitido escolher o sexo do bebê e o doador precisa ser anônimo. Porém, através de dados fornecidos pelos bancos de sêmen, a mulher pode escolher doadores com características de raça, etnia, cor dos olhos e dos cabelos, altura e tipo sanguíneo. Alguns bancos fornecem, ainda, fotos dos doadores quando crianças e informações como hobby, religião etc.

Procedimentos para maternidade independente:  inseminação intrauterina (IIU)

A inseminação é um tratamento que estimula os ovários com baixas doses de indutores da ovulação. 

Esse ciclo é acompanhado por meio de ultrassonografias, usadas para verificar o crescimento folicular, a quantidade de folículos e o momento da ovulação. A inseminação é feita após avaliação das ultrassonografias e aplicação de medicação que deflagra a ovulação em aproximadamente 34-36h.

As chances de engravidar pela inseminação giram em torno de 15-20%, a depender de fatores como idade, reserva ovariana e resposta à estimulação ovariana.

Fertilização in vitro (FIV)

Na FIV é feita a fertilização dos óvulos em laboratório. Neste caso, também se utiliza a estimulação ovariana, porém, com doses maiores de indutores de ovulação.

O rastreamento ultrassonográfico é feito em conjunto com a estimulação para acompanhar o crescimento dos folículos e determinar o momento de aspirá-los e recolher os óvulos.

Após alguns dias da formação do embrião no laboratório, faz-se a transferência para o útero da mulher. 

A FIV é um dos procedimentos com maior taxa de sucesso, podendo chegar a 50% para mulheres até 35 anos.

Preparação psicológica para uma maternidade independente

Além de se organizar financeiramente para custear os tratamentos e também para sustentar a família que se formará com a chegada do bebê, é muito importante que a mulher tenha um acompanhamento psicológico. 

É comum que as próprias clínicas de fertilidade ofereçam apoio com profissionais da área. Isso ajuda as futuras mães independentes a lidarem com medos e desafios. Além disso, os psicólogos podem auxiliar no próprio processo de fertilização, oferecendo suporte em casos de insegurança ou mesmo quando o procedimento não resulta na desejada gravidez.

A maternidade independente é permitida por lei?

 regulamento de normas éticas do Conselho Federal de Medicina (CFM) autoriza o método de maternidade independente desde 2017 através da Resolução CFM n° 2.168/17. O estatuto utiliza-se de regras em defesa do aperfeiçoamento das práticas e da observância aos princípios éticos e bioéticos, visando dar mais segurança e eficácia aos procedimentos médicos em questão.

A decisão de ter ou não uma maternidade independente é inteiramente da mulher e cabe às clínicas de Reprodução Assistida oferecer serviços de qualidade, prezando sempre pela saúde da mãe e do bebê.

Família é onde há amor e as crianças se desenvolvem melhor em lares cheios de afeto, carinho e atenção. Características que as mães que buscam a reprodução independente têm de sobra.

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